Bandeira estrelada arriada?
Depois de mudanças conturbadas de presidência, e apesar das expectativas não serem tão promissoras, em 2017 e 2018, houve conquistas além das projeções iniciais. Parecia que todos aqueles que lotaram as ruas e estádios para demonstrar o seu apoio e comemorar as conquistas, orgulhosos das cores de sua bandeira, iriam alcançar os louros de todo o esforço e torcida.
Porém, após a eleição que deu a posse ao novo presidente, sob muitas promessas de avanço, não demorou muito para que a esperança desse lugar a uma sombra, cinzenta, que começava a dar as caras nos bastidores da gestão. Faltou comprometimento a cada jogo, sobraram cobranças por mais dinheiro para que as coisas pudessem fluir, e de nada adiantou. Medalhões, antes acolhidos como ídolos e salvadores da pátria, foram pulando do barco, e o capitão começou a afundar junto com o navio.
E como se não bastasse, o que já estava ruim, ficou pior. Veio a pandemia e um vírus começou a se espalhar, provocando um apagão de responsabilidade e criatividade para enfrentar a crise que se instaurou. Com estádios e comércios de portas fechadas, começou a faltar dinheiro para o essencial, e muitos tiveram que se contentar com reduções da renda para continuarem sobrevivendo, na esperança de que tudo não passaria de apenas um ano ruim.
No entanto, tudo foi sendo adiado, prorrogado, negligenciado, e apesar de não ficarmos na lanterna da pontuação, os números não melhoravam e as projeções não evoluíam significativamente. Matemática e visivelmente estávamos mal. E assim foi se arrastando de forma medíocre, graças à incapacidade e incompetência de quem deveria fazer a bola rolar.
Nem o comandante condecorado convocado para promover uma melhor movimentação – e substituir os dois anteriores, que não tinham caído nas graças –, conseguiu garantir os pontos necessários e superar a situação. Faltou raça! Faltou oxigênio! Muito potencial se perdeu nessa jornada. Estão comendo grama.
E para piorar, o novo ano começou com restos de expectativas que não se concretizaram, e fomos quase pro fim da fila. Permaneceremos rebaixados a – pelo menos – mais uma temporada de sofrimento, em nosso status de segunda divisão, de país de terceiro mundo.
Eu que sou um mineiro, cruzeirense e brasileiro orgulhoso – por conta de tanta riqueza e tantas glórias no passado –, preciso fazer este desabafo, porque tanto meu time quanto meu país, estão vivenciando esse mesmo cenário desolador ainda em 2021. O Gigante precisa acordar novamente para que as estrelas da bandeira voltem a ter o seu brilho pleno muito em breve.
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