Educação vem de berço
Quando descobrimos que estávamos grávidos, uma das primeiras coisas que vieram à cabeça foi: onde o Gugu iria dormir depois de nascer?
Sim, porque são tantas opções! Já viu? Cama compartilhada, moisés, berço lateral acoplado, berço modular ou que vira um dormitório completo depois, chiqueirinho, rede de descanso, cama montessoriana, e por aí vai… Tudo isso só para decidir onde o bebê vai dormir! Imagina quanta coisa pra cabeça dos pais, pois ainda tem todo o resto do enxoval! Só eu acho 9 meses muito pouco tempo para decidir e providenciar tudo?
Mas, voltando ao sono do bebê, avaliamos e pontuamos os prós e contras de cada uma das opções e o quanto se adequariam à nossa realidade. Acho muito bacana o conceito do quarto montessoriano, aquelas caminhas de casinha, com o colchão na altura do chão para dar autonomia para o bebê desde cedo e tal. Mas, convenhamos, isso só funciona quando o bebê já se locomove sozinho, né? Por outro lado, imagine uma mãe que acabou de parir, chega da maternidade cheia de dores e pontos, que mal aguenta se inclinar – pior ainda se tiver feito cesárea – e ter que ir lá se ajoelhar ou sentar no chão para colocar o bebê para dormir? E quando a noite cai? Ter de se levantar da cama no meio da madrugada, acabada, para ir até o quarto do bebê e depois voltar para dormir depois de dar peito, e nesse meio tempo ainda ter tido todo o cuidado de não o acordar ao colocar de volta na cama. Se você é pai sabe que esse momento é mais tenso que a cena do Tom Cruise descendo numa sala cheia de sensores em Missão Impossível. Pra dar ruim, basta um deslize!
Para ser cômodo e prático, decidimos então pelo berço acoplado à nossa cama. Um pequeninho para não ocupar muito espaço e que seria suficiente para ele até que não coubesse mais ou dormisse a noite toda sem acordar (o que aconteceu por volta dos 5 meses). Isso facilitou muito nosso puerpério e a ter melhores noites de sono. Super recomendo! Quanto ao quarto do Gugu, não queríamos aquelas decorações e móveis de bebê que precisariam de uma repaginação em pouco tempo. Preparamos o ambiente com uma bicama bem baixinha. Ele teria o colchão quase ao nível do chão para desenvolver sua autonomia e teríamos a cama para quando fosse maiorzinho, e para acomodar a rede de apoio no início e eventuais visitas. Afinal, é como se diz: “é preciso uma aldeia para criar uma criança”!
Contudo, tivemos um berço sim. Apesar de não estar nos planos, aproveitamos o berço que um primo da minha esposa ofereceu, pois o menino dele já não estava usando. E convenhamos, um berço é algo que ocupa espaço demais para só “deixar por aí”. Fui lá desmontar, transportar no carro e montar de novo aqui em casa. Deu um baita trabalho, mas meu sangue de neto de marceneiro me ajudou. Rsrs… No início, o berço serviu para as sonecas diurnas e como apoio para o trocador de fraldas. Nele o Gugu acabou dormindo à noite por apenas uns 3 meses (dos 5 aos 8 meses). Por mim nem chegaria a isso tudo, mas a Júlia era receosa. Assim que o Gugu começou a bancar o macaquinho e a se pendurar na grade eu já fui logo desmontando o berço, sem pensar duas vezes.
Foi bom enquanto durou. Mas se eu tivesse que fazer tudo de novo, nem usaria (e definitivamente não compraria) um berço para o quarto do bebê (apenas o acoplado ao lado da cama de casal). E teria pendurado uma rede de dormir, porque hoje eu sei que ele adora. Em resumo, aconselho muito a adaptação do ambiente à necessidade e conforto, dos pais e do bebê.
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