Cadastre seu e-mail

O próprio umbigo

É engraçado como a gente fica mais altruísta depois que tem filhos, né?! Para de olhar tanto para o próprio umbigo.

Na noite em que o Gugu nasceu eu acompanhei todo o parto e no final fui o responsável por cortar o cordão umbilical. E como isso foi simbólico pra mim! Eu cortei a dependência exclusiva que ele tinha da mãe até aquele momento. A partir de então eu também seria responsável por carregá-lo, protegê-lo e alimentá-lo. Ah, tá ok! Alimentar ainda não, porque ele mamava exclusivamente no seio da mãe.

Ah! A propósito, aqueles seios que até então eram só meus, para eu me deitar e deleitar, agora não eram mais… Cortou tudo! Estavam cheios de leite e eram só dele. Eu nem podia chegar perto… Mas, era por uma boa causa!

Não basta ser pai, tem que participar! Desde a primeira mamada, eu que pegava ele no colo e colocava no meu peito para ele arrotar – geralmente a plenos pulmões! Rsrs. Que sensação maravilhosa! Ter aquele serzinho ali, colado em mim. Nós nos esquentando mutuamente! Bem, às vezes eu sentia um calorzinho molhado escorrendo pelo meu ombro! Epa! Mas tudo bem! Seria capaz até de morrer por ele, como diz no nosso hino nacional: “Desafia o nosso peito a própria morte!”.

Na verdade, até aquele cheirinho de leite azedo e aspecto de queijo coalho eram fofos! E falando em quentinho, eu também era responsável pelas fraldas, de cocô, principalmente os piores, daqueles que iam até a nuca. Daí era direto pro banho, que inclusive todas as noites era comigo. Era o nosso momento! E o umbigo? 100% curado pelo papai, e modéstia a parte, fiz um ótimo trabalho!

Sucesso foi também a introdução alimentar, a partir dos 6 meses, justo quando a mãe também estava voltando a trabalhar. Daí nem a alimentação era mais exclusividade dela, mesmo extraindo leite à noite. Não durou muito e ele recusou o peito.

Confesso que eu queria que ele tivesse amamentado mais alguns meses. Afinal, leite materno ajuda tanto na nutrição e também na imunidade. Mas… não posso fingir que não fiquei feliz de voltar a ter a mamãe “inteira” de volta. “- Em teu seio, ó liberdade…”. É, talvez a gente não fique tão imune ao egoísmo assim! Rsrs…

Tags: | | |

Sobre o Autor

Pai Alfa
Pai Alfa

Clique no link da assinatura (acima) para me conhecer melhor.

0 Comentários

Espero que esteja gostando e o conteúdo esteja sendo útil. Deixe seus comentários, para que possamos interagir e melhorar ainda mais o blog. Um grande abraço, PaiAlfa