10 indicadores da “gestão” dos seus filhos
Como está seu desempenho na gestão dos seus liderados, dentro e fora de casa?
Todo bom líder e gestor de pessoas sabe que a melhor forma de observar se seu trabalho está no caminho certo é ter alguns KPI (traduzindo a sigla: indicadores chave de performance) para avaliar seu desempenho. Mas antes de tudo é necessário que estes indicadores estejam atrelados às METAS. Além disso, é bom destacar que o bom líder é o maior responsável para que tudo dê certo.
E é dentro de casa que o líder é testado ao seu máximo, afinal de contas, funcionários podem ser substituídos, às vezes até o cônjuge (que minha esposa não leia isso! Rsrs…), mas os filhos, meu amigo/minha amiga, estes são para toda vida. E é aí que o bicho pega!
E é pensando nisso que alguns indicadores corporativos de gestão de pessoas também podem ser bem vindos e muito esclarecedores em casa também. Mas, não se descabele. Não precisa criar um dashboard no Excel para avaliar sua “gestão” doméstica, hein?!
É uma questão apenas de observar o que pode te ajudar. Obviamente nem tudo se aplica, afinal indicadores como recrutamento, tempo de permanência, taxa de rotatividade, talvez até sirvam para saber como vão seus relacionamentos amorosos, mas obviamente não se aplica aos filhos, né?!
1. Clima Organizacional (Satisfação)
Creio que todos concordem que o principal indício será sempre o clima, o humor do ambiente. Se você está em uma casa, escritório, empresa, sem uma sensação de que todos estão felizes de estar ali, esqueça todo o resto. Sua luz vermelha já acendeu no painel!
Nossa! Mas como vou ser SMART para analisar algo tão subjetivo? Não precisa fazer uma avaliação 360º em casa, basta observar como as carinhas se mantém a maior parte do tempo.
Mas não se engane! O índice de satisfação não é o único indicador do “clima” do ambiente. Afinal, se só risadas importassem, a vida de todo palhaço ou ator de stand up seria perfeita!
2. Pontualidade
Não precisa querer que seu filho acorde ao toque da alvorada, como um soldado. Podemos adaptar a pontualidade aqui, por exemplo, ao tempo que demora entre o momento que você pretende que ele faça uma atividade (p.ex. começar a almoçar, tomar banho) e que hora de fato você consegue fazê-lo iniciar. Os princípios de educação com empatia dizem que devemos dizer para a criança que o tempo está acabando. Por exemplo, dizer que faltam 10 ou 5 minutos para ”fazer tal coisa”. Assim a criança se torna mais colaborativa.
Agora! Óbvio que você não quer perder a hora dos seus compromissos e dizer para as pessoas: “atrasei porque dei mais 15 minutos ao meu filho”. Se programe para começar com antecedência, já que você já espera alguma demora deles. E dê uma folga extra, afinal acidentes acontecem, e um “cocozinho” muda todo cronograma!!!!
Por aqui, sempre tivemos uma rotina bem clara para o Gugu (com flexibilidade, é claro) e ele já está bem familiarizado com os horários, então geralmente não temos problemas com isso, principalmente depois que criei um relógio com os horários de alimentação e de banho noturno. Um quadro ou agenda a vista de atividades também pode te ajudar bastante a fazê-los visualizar a hora de cada tarefa. Mas não exagere! Horários livres para criança fazer o que bem entender são tão importantes quanto as atividades programadas.
3. Absenteísmo
Não! Não é um palavrão ou nome de culto. No trabalho este KPI está muito relacionado às faltas, geralmente por doenças, e pode estar relacionado inclusive a alguma sobrecarga ou dificuldade de relacionamento, que pode estar comprometendo a saúde e o desempenho. O ditado já diz: “mente sã, corpo são”. Em casa não é diferente. Então se essas coisas começam a ser frequentes com seus filhos, vale reavaliar o “clima” do ambiente.
4. Índice de reclamações
No trabalho está relacionado inclusive às causas trabalhistas e processos judiciais. Espero que ninguém esteja explorando trabalho infantil em casa… Então esse foco da análise não vem ao caso.
Mas, por exemplo, seu filho chora e faz birra com frequência? Essas “reclamações” são, sim, um indício, pois é como eles manifestam seu descontentamento. Mas também não precisa ficar contando e anotando numa agenda ou planilha, quantas vezes seu filho fez isso. É mais tipo um “reclame aqui”. Se for resolvido rápido e assertivamente não vai impactar na sua “aceitação” e no “clima” do lar.
Esses quatro indicadores são básicos para avaliar o “humor” do ambiente, e às vezes até já fazemos essa análise de forma subconsciente, mas podemos fazer isso com mais atenção e consciência, e inclusive incluir outros parâmetros para uma avaliação mais completa e profunda [acompanhe amanhã no mesmo horário].
Por aqui, em casa, temos muitos dias bons e outros nem tanto. Faz parte! O importante é seguirmos fazendo o nosso melhor! E como anda o desempenho da sua “gestão” por aí? Carinhas sorridentes a maior parte do tempo?
Um grande abraço,
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