10 semelhanças entre a educação de bebês e cachorrinhos
Quem me conhece pessoalmente já deve ter me ouvindo comentar, muito antes mesmo do Luiz Gustavo nascer, que acredito haver muitas semelhanças na educação dos bebês e dos filhotes de cãezinhos. Afinal, ambos são um pequeno HD vazio, com muito espaço para armazenar novas informações e conhecimentos, mas não entendem uma palavra sequer do que você diz e, assim como os computadores, seus filhos necessitam de uma linguagem adequada para que os dados sejam processados.
Meu filho nasceu em 2018 e eu continuo pensando da mesma maneira. Mas antes que você pense que eu estou “adestrando” o meu filho, saiba que são os meus cachorros que são tratados como filhos.
E você pode até me perguntar, “por que você está falando só de cachorros? E os gatos e outros pets?” Tenho certeza de que há algumas semelhanças com eles também, porém, não posso afirmar sobre o que nunca vivenciei, já que nunca acompanhei a criação de um gato, um porquinho da índia, uma calopsita ou uma iguana… Então, não posso afirmar nada. Mas fica aqui o convite para você que cria outro tipo de pet comentar abaixo se isso também se aplica ao seu bichinho, ok?
Para discutir as semelhanças entre os bebês e os filhotinhos, fiz uma lista. Olha só:
1- Eles prestam atenção em tudo
“Eu presto atenção nos que eles dizem, mas eles não dizem nada”! Essa mesma sensação da letra do Engenheiros do Hawaii deve ser o que passa pela cabeça dos bichinhos quando os humanos conversam com eles. Quem nunca reparou um cachorrinho torcendo o pescoço para o lado e para o outro tentando entender o que estamos dizendo?
Você já deve ter lido que 93% do que você “diz” não são as palavras que saem da sua boca. E como os animais não entendem nosso “idioma” eles ficam tentando nos entender exatamente por nossa linguagem corporal. Os bebês são a mesma coisa, ficam de olho em nossas expressões e nos nossos movimentos. Daí, quando menos se espera, está lá ele seguindo seu exemplo e fazendo igualzinho. Até parece que ele ficou treinando enquanto você não olhava! Então tente ser mais assertivo na sua “fala”, mas não se esqueça que o que você diz corresponde a apenas 7% da comunicação.
Portanto, fale muito, mas principalmente através das suas atitudes, seus gestos, expressões faciais. E é claro, faça sempre com um sorriso no rosto, exceto quando precisa chamar atenção por algo errado que fizeram (mesmo que tenha sido muito engraçado e fofo). Afinal você não pode perder a autoridade.
2 – Aprendem de forma associativa
Se uma coisa é certa e aceitável, por que outra similar seria errada? Certo (ou errado)?! Rsrs. A lógica dos “pequenos” é diferente do nosso pensamento humano, adulto. Eles não sabem o nome, a função exata de cada coisa, e tal, tudo é novo para eles. Um mundo de possibilidades!
Se você deixar o seu cachorro subir no sofá, depois não poderá reclamar se encontrá-lo também em cima da sua cama. Ele não sabe diferenciar um do outro, apenas entende que ambos são lugares onde você fica confortável e relaxado e está repleto do seu cheiro (que ele adora!). Então se você não quer que seu “doguinho” coma seu sapato, é melhor não dar para ele um pé de chinelo velho como brinquedo. Pense sempre pela lógica deles e vai se dar bem.
Bebês não são diferentes. A Júlia uma vez começou a brincar de morder o Gugu quando era bem novinho. Afinal, quem não tem vontade de morder aquele pacotinho fofinho? Mas na mesma hora a repreendi, “se você ensinar seu filho que morder é uma forma de carinho, de extravasar seu amor, se prepare para ser chamada constantemente na escolinha quando ele estiver maior”. Na cabeça dos pequenos, não existe a lógica de “dois pesos, duas medidas”.
Outro exemplo dessa capacidade de associação, ocorreu recente (quem acompanha os stories do IG @PaiAlfa viu) quando montamos um trilho de um trenzinho (o mesmo personagem do pijama, pois a mãe não resistiu a combinar tudinho e tirar as fotos…hahaha). Mas com o trilho na mão e muita criatividade, rapidinho ele percebeu que aquilo poderia facilmente ser um outro brinquedo de dimensões similares. Veja o vídeo abaixo para entender:
Sendo assim, aproveite a mesma lógica de assimilação para ensinar de forma mais rápida o que for preciso, você vai se surpreender com o resultado e a velocidade de aprendizado.
3 – Seja mais repetitivo no início
Quantas vezes você já se pegou cantando uma dessas músicas “chicletes” que não param de tocar e grudam na cabeça da gente (e não saem nem por reza brava!)? Grudam, exatamente por conta da repetição! A lógica é a mesma para os animais e bebês pequenininhos. Você precisa escolher algumas ações e palavras para repetir várias vezes para fixar melhor, e otimizar a compreensão e assim aprenderem mais rápido.
Comandos como “vem cá”, “pega”, “senta” podem ser utilizados para diversas situações, mas tente sempre fazer um link entre a palavra e o objeto ou ação para facilitar a associação. E no caso dos bebês, use vocabulários tão fáceis quanto, pois os ajuda a apreender de forma mais rápida. E no caso da fala, use palavras de pronúncia mais simples no início. Por exemplo, escolha bico ao invés de chupeta, sabão e não sabonete, secar a enxugar, e por aí vai. Bom, deu para perceber a diferença, certo? Em resumo, prefira palavras mono- ou dissílabas. E abro um parênteses aqui para uma dica com relação ao estímulo da fala: converse com o seu bebê “direito” desde o início, escolha melhor os sinônimos, mas ensine certo desde a primeira vez, pois assim não precisa reensinar ou ficar inventando “apelidos” para as coisas. Afinal, ninguém gosta de retrabalho. O Gugu com um ano já conhecia mais de 40 palavras (no sentido de falar e saber ao que se referenciava). Sim, eu sou do tipo que analiso o desenvolvimento do meu filho. Minuniosamente! Dá licença (rsrs)! E, não só usar as palavras corretas, mas a linguagem correta, pois assim como um sotaque é propagado numa região, falar com “vozinha” de neném vai fazer seu filho achar que é assim que se conversa – e tem muito adulto por aí que até hoje não desaprendeu!
Contudo, no caso das crianças é importante destacar que não se deve limitar à essa repetição, sejam nas ações ou no vocabulário, pois eles vão se desenvolver de acordo com o que você apresentar a eles… E bem mais rápido do que você imagina!
Concorda com esses tópicos de semelhança até agora? Tá curioso pelo restante? É só continuar acompanhando na parte 2.
Um grande abraço,
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