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10 semelhanças entre a educação de bebês e cachorrinhos (Parte 2)

Já foi comprovado que as relações humanas se baseiam na liberação de hormônios, conforme as situações vividas, mas sabe-se também que os cães são muito mais parecidos conosco do que imaginamos. Afinal não é à toa que são os melhores amigos do homem!

A sensação de felicidade depende diariamente de uma DOSE (acrônimo formado pela letra de cada um) desses hormônios químicos que produzimos. Fonte: https://armandoribeiro.blogspot.com/2019/07/dicas-para-estimular-quimica-da.html

Mas as semelhanças na educação dos seus filhos (de quantas patas forem) não se restringem só a concordar que tanto os cãezinhos quanto os bebês prestam atenção em tudo que fazemos e que com uma lógica associativa e palavras repetidas eles aprendem mais rapidamente. Você deve se preparar para dar uma boa educação. Inclusive, ao estudar mais o tema, com certeza irá observar que tem uma palavra que pode ser dita, mas não deve ser repetida excessivamente.

4 – Saiba como e quando dizer “não”

“Não” é o tipo de palavra 8 ou 80. Ou se fala demais ou tem medo de falar. Ambos extremismos são errados e atrapalham. Alguns especialistas afirmam que o “não” é uma palavra “sem sentido”, como se fosse inexistente na frase. Tipo quando eu te falo agora para você “não pensar na cor amarela”… Você acabou pensando, né!? Pela lógica dessa corrente de pensamento, em uma frase ou conversa, no caso dos bebês  – concordo que a partir de uma certa idade, quando eles já começam a compreender algumas palavras – e das crianças, o “não” acaba fazendo um efeito oposto, já que ele é um termo “vazio”. Então, quando se diz, “não faça isso” o que ela entenderia seria apenas o “faça isso”, e que por conta disso, as crianças costumam fazer exatamente o contrário do que foi dito.

Contudo, posso afirmar por experiência que, sozinho, um “não” sonoro e assertivo, tem poder sim, e é bem efetivo para chamar a atenção, seja para cães ou humanos (em qualquer idade). Mas deve ser dito apenas quando não quisermos que eles façam coisas erradas ou se machuquem. Pois o excesso e o modo como se fala pode estimular a atuação do nosso “cérebro primitivo” (que é uma das principais semelhanças entre nós humanos e os animais) e, por consequência, a liberação de hormônios não desejáveis que estão ligados aos nossos instintos de sobrevivência: o cortisol (relacionado ao stress) e a adrenalina (o hormônio da “luta ou fuga”), que podem atrasar o desenvolvimento, já que competem com outros hormônios benéficos.

Comparativo de tomografia de cérebro de criança amada (esq.) é maior e mais uniforme que o da criança negligenciada (dir.); as áreas escuras, mais intensas no cérebro da direita, são como espaços vazios Imagem: Reprodução/Texas Children’s Hospital

Por isso, guarde o “não” somente para momentos mais críticos, inclusive porque com o excesso de “não pode” você também acaba limitando o desenvolvimento dos seus filhos (seja de quantas patas forem), uma vez que eles precisam se desafiar e experimentar o mundo.

5 – Desvie a atenção quando necessário

Você precisa desviar o foco da atenção daquilo que não quer que seja dada tanta importância. Como um ilusionista que te faz olhar para uma mão, enquanto toda a mágica acontece na outra. Quando eu troco as fraldas do Gugu e quero que ele não se vire, para não fazer uma lambança para todo o lado (eu sei que você me entende…), dou um objeto para ele ficar “interessado” e quieto. “Olha que legal esse tubo de pomada para assadura”! E olha que funciona em 99% das vezes!

Quando os cachorros começam a latir (ou rosnar) insistentemente, você precisa desviar a atenção deles para conseguir que eles baixem o nível de “excitação”. No programa “O encantador de cães”, o apresentador Cesar Millan dá um cutucão no animal, simulando a mordida que a mãe dá no filhote para desviar a atenção e assim poder acalmá-lo. Lógico que com bebê você não vai fazer a mesma coisa, PELAMORDIDEUS! Quando o Gugu era bem novinho e caía, e começava a chorar até perder o fôlego, eu dava uma sopradinha no topete dele. Isso era o suficiente para o distrair por uns décimos de segundos, retomar a “consciência” e assim conseguia abraçá-lo para  acalmá-lo mais fácil.

E nada melhor para desviar a atenção do que “dar atenção” (inclusive, no sentido de antever), identificar e corrigir o potencial problema antes que o nível de “tensão” aumente. Por exemplo, quando eu ouvia a Meg correndo em uma direção, eu já fazia “shiiiiiii” antes mesmo que ela começasse a latir. Daí no máximo ela dava um latido só para não perder a viagem (rs…), ao invés de incessantes 5 minutos. E falando em dar atenção, nada melhor para acalmar a alma do que um bom e longo abraço! Saiba que esta é uma forma bem efetiva de liberação do “hormônio do amor” (melhor do que isso só sexo, mas não vamos desviar do tema!). E ao relaxar se libera ainda mais ocitocina, então ela é potencializada. Afinal, o objetivo aqui é reduzir a ansiedade.

6 – Comemore e premie os bons feitos

Quando Meg e Thor eram filhotes ainda, eu os ensinava a se sentar, deitar, estender a pata, e a cada acerto, ganhavam um micro-petisco (eu picava em pedacinhos bem pequenininhos, pois não queria filhotes obesos, né!). Depois os petiscos foram espaçando para um conjunto de acertos, mas a cada acerto individual eles recebiam um “click”, um sorriso e “bom(a) garoto(a)”. O “Click” faz parte do aprendizado através do reforço positivo (existe um aparelhinho mas, honestamente, você consegue fazer com a própria boca, então é bobagem comprar, na minha opinião).

Para as crianças devemos fazer o mesmo! Não estou falando de dar um “click” ou presente toda vez que seu filho “rapar” o prato. Mas por aqui, desde que o Gugu começou a almoçar e jantar, sempre que ele come até a última colher, nós a batemos no prato e comemoramos cantando “comeu tudo, comeu tudo!”. E que bagunça boa! Ele ama fazer isso! É como um vendedor que bate o sino ao receber o pedido de vendas. Temos que comemorar mesmo!

E saiba que tudo isso estimula a liberação de Dopamina, que ajuda no desenvolvimento (controle de movimentos, aprendizado, cognição e memória), então comemore sem moderação!

7 – Transforme o aprendizado e tarefas em brincadeiras divertidas

Os especialistas recomendam que para melhor efetividade no adestramento de cães as atividades sejam feitas logo cedo antes do café da manhã, pois assim eles vão se interessar mais em realizar as atividades em troca dos petiscos. É lógico que um bom período de sono, alimentos saborosos, atividades físicas intensas e ao sol e interação com quem a gente gosta são uma ótima fonte de liberação de endorfina, que reduz nossas dores e stress. Mas se eu não sou ninguém antes da minha refeição matinal, nunca faria essa “sacanagem” com meus bichinhos.

Gif viralizado de um bebê e caezinhos engatinhando

E nada mais fácil para ensinar uma criança ou pet do que através de brincadeiras. Afinal de contas, quem em sã consciência iria preferir trabalho ao invés de lazer? Então abuse da criatividade lúdica para fazer com que seus filhos (de quantas patas forem) façam as atividades que você propõe. Além disso, as brincadeiras e a exposição ao sol ajudam na liberação de outro hormônio benéfico para o organismo, a serotonina. E olha que coincidência (#sqn), ela é  responsável pelo controle do humor, além de ajudar no sistema cardiovascular, ou seja, faz bem para o coração (literalmente).  Resumindo: se quer seus “pequenos” com alegria “na veia”, vai lá, de preferência no sol, e se joga na brincadeira junto com eles!

Espero que à luz de todas essas semelhanças você tenha se sentido abraçado por essas informações. Tá fazendo sentido pra você? Já sabia tudo isso? Vai focar mais na liberação de bons hormônios com seus “filhotinhos”? Não deixe de comentar abaixo.

Mas se até o Gugu já sabe contar até 10, você sabe que o assunto não acaba por aqui! Não perca a parte 3.

Um grande abraço,

Pai Alfa.

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Pai Alfa
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