Outro tijolo na parede da sala de aula
O ano era 1979, eu tinha poucos meses de nascido e explodiu no mundo o sucesso “Another brick in the wall”, da banda de rock progressista Pink Floyd. Era uma crítica severa ao estilo de educação autoritária imposta às crianças, seja pelos pais ou pela escola. E mais de 40 anos depois ainda se vê tanto dessa cultura presente em nossa sociedade!
O estilo de educação não mudou muito e segue se baseando, principalmente, no modelo de conhecimento lógico-matemático, através de um professor em frente a uma grande turma de alunos, que são avaliados apenas quanto a sua capacidade de responder conforme um gabarito pronto, com uma lógica pré-estabelecida, na qual há apenas uma (forma de chegar à) resposta correta. Certo? A diferença é que, hoje, alguns alunos se dão ao luxo de assistir videoaulas em tablets, enquanto tantos outros estão evadindo da escola por falta de estrutura.
Se não mudarmos efetivamente esse contexto de aprendizado secular, seremos facilmente substituídos por máquinas, uma vez que elas estão cada vez mais presentes em nosso mundo e possuem uma capacidade de processamento de informações muito superior, além de uma lógica inquestionável. Isso sem contar que não estão sujeitas ao stress e problemas do dia a dia, que nos desconcentram. A inteligência artificial facilmente irá nos deixar ainda mais deficientes no quesito de inteligência emocional, para saber lidar com o novo mundo que já está surgindo.
Ao meu ver, o pensamento da sociedade, assim como o Rock, precisam voltar a ser progressistas e questionar essas verdades imutáveis, derrubando tijolo a tijolo desse muro de condicionamento mental que nos cerca.
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