Inteligência? De que tipo?
“Nossa! Que criança inteligente! Deve ser o primeiro da classe.”. A primeira parte da sentença talvez muitos de nós já tenha ouvido em algum momento da infância. Mas a questão é a segunda parte. Tem como medir quem é mais inteligente?
Quem é o maior gênio? Possivelmente você pensou em Einstein. Mas e se eu complementar a pergunta: Quem é o maior gênio… do futebol? Se você for das antigas tem grande chance de responder o eterno camisa 10, Pelé (ou Maradonna), e se for mais novo talvez pense no Ronaldinho Gaúcho ou Messi. Se responder Neymar, desculpe, mas vou duvidar da sua inteligência. Rsrs…
O ponto é que não existe só um tipo de inteligência. Na verdade, os gênios ainda não chegaram a um consenso quanto a quantidade exata e como as dividir e denominar cada uma. Mas, a seguir, eu particularmente vou considerar as correntes que as dividem em 10.
A inteligência Lógico-Matemática é a mais comum e a que sempre foi usada nas escolas para determinar os “melhores alunos”. Mas no lado oposto, nos filmes dos anos 80 e 90 a antítese desses nerds sempre foi um personagem atlético, geralmente retratado como um “idiota bonitão”. Porém, ele também tinha desenvolvido um tipo de inteligência – a mesma dos grandes esportistas –, a Física (ou cinestésico-corporal).
Mas será que com a inteligência artificial e robótica evoluindo cada dia mais, esses estereótipos do passado ainda terão vez no futuro? Felizmente, temos as inteligências relacionadas aos nossos sentidos corporais: Oral-Linguística; Auditiva-Musical; Visual-espacial, e; Prática-motora. Mas infelizmente essas duas últimas também poderão ser superadas pela evolução tecnológica. E pensando bem, não tem uma especificamente relacionada ao olfato. Será que essa estaria relacionada às pessoas que adoram sentir o cheiro de chuva e de terra molhada?
Uma coisa tenho (quase) certeza, as máquinas não serão capazes de desenvolver os tipos de inteligência focados na relações dos indivíduos. Essas competências se dão pela habilidade de lidar com outros indivíduos (social ou interpessoal) e com suas próprias emoções (a famosa inteligência emocional ou, simplesmente, intrapessoal), e são essenciais os ambientes de trabalho para os profissionais do “futuro”, principalmente para os líderes. E há também inteligências relacionadas ao mundo que nos cerca, seja físico (ambiental ou naturalista) ou existencial (espiritual ou filosófica).
Em resumo, para ser realmente uma pessoa nota 10, deveríamos despertar todas essas inteligências igualmente ao máximo, mas para isso teríamos que ser mais do que humanos. Talvez como os super-heróis de filmes?! Não. Uma descoberta que fiz quando deixei de ser uma mera criança lendo quadrinhos e vendo animações é que até os super-heróis são humanos e comentem erros. Então teríamos que ser deuses?! Mas se somos feitos à imagem e semelhança deles, será que eles não têm também nossos mesmos defeitos e falhas?
Tudo isso só me faz pensar que mais do que valorizar uma inteligência, devemos nos focar na sabedoria de buscarmos – inclusive no suporte ao desenvolvimento de nossos filhos ou na condução das nossa equipes – ser melhores a cada dia… em tudo!
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