Desenvolvimento e competências: Você está fazendo isso certo?
Desenvolvimento e competências. Essas são duas palavras que ouvimos frequentemente no meio corporativo, principalmente quando iniciamos em uma nova empresa, nas avaliações regulares ou para definição de um plano de carreira. Mas você já pensou no que significam essas palavras na essência?
E saiba que isso não se restringe apenas a trabalho, pois também são muito usados em outros ambientes, como na educação. E foi exatamente no ano passado, quando estava pesquisando uma potencial escola para matricular o Gugu, que assisti a uma palestra na qual ambas as palavras foram citadas. E uma delas me surpreendeu ao me fez despertar para a etimologia do termo: DESENVOLVER. Creio que não seja o único que pensa nisso como algo que vem de fora. Na educação ou treinamento, o mais experiente (pais, professores, líderes) é quem te proporciona a descoberta. Mas a essência da palavra “desenvolver” é “tirar o envolvimento”. Vem da oposição (“des-”) a “in” e “volvere”, que juntas no latim, , significam “rolar sobre, enrolar”. Ou seja, desenvolver é remover sua proteção, sair de cena e deixar que o crescimento se dê de dentro pra fora. Já tinha pensado nisso? E aí durante minhas leituras para escrever este post me surpreendi com a outra palavra: COMPETÊNCIA. No senso comum, é a “aptidão para cumprir alguma tarefa ou função”. No entanto, a origem dela vem de competição. No latim “com” significa junto ou ao mesmo tempo, e “petere” é disputa, busca, e pode ser resumida como um “conjunto de esforços”. Ou seja, enfatiza a capacidade de usar recursos e conhecimentos próprios para resolver situações, sejam do dia a dia ou, por vezes, imprevisíveis e complexas.
Ou seja, para uma pessoa desenvolver a si e suas competências ela não precisa necessariamente de alguém a ensinando, mas de si mesma. Precisa é de liberdade e autonomia para individualmente fazer um conjunto de esforços suficientes para transpor os limites que a envolvem e conseguir crescer, na vida ou na carreira. É como um ramo que cresce e ganha força até conseguir brotar de dentro de uma semente no meio da terra e finalmente ver a luz do dia. Poético né?! E você, já tinha pensado por esse lado?
Qual o papel do líder no processo?
Se tanto o desenvolvimento quanto as competências são processos de evolução individual, então qual o papel do líder, tanto dentro quanto fora de casa?
Em primeiro lugar, a primeira função é incentivar e motivar o liderado a extrapolar o próprios limites e esforços para se “des-envolver”. Empoderar!
Por isso acredito que tants empresas hoje incentivam o modelo 70/20/10 nós planos de desenvolvimento dos funcionários. E é claro que não é para deixar sem suporte, à deriva. Não é a toa que 20% são dirigidos por um líder, mentor ou coach. É necessário dar o direcionamento certo e identificar o potencial individual.
Não é pra querer se transformar em algo espetacular, muito menos do dia para a noite. Trata-se de buscar os aprimoramentos condizentes com o seu perfil e os seus objetivos. Afinal, não é comum um cão ter que escalar um muro a não ser que ele atue no cinema… e provavelmente não tentariam fazer isso com um Lulu da Pomerânia, certo?!
E o líder não pode simplesmente apontar um caminho e deixar tudo rolar solto depois disso. É necessário acompanhar a evolução e realizar uma comunicação assertiva, inclusive com feedbacks.
Você também acredita no poder do auto desenvolvimento?
Um grande abraço,
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