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Exemplo 2: Ensine com coerência e consistência

Me admira quando observo que tantas pessoas em cargos de gestão, quando chegam em casa, não sabem educar seus filhos ou seus pets. Parece até que ao entrar pela porta de casa desligam a função “liderança” e se submetem sem medida aos caprichos da família. E há aqueles que ainda se impõem, mas pela superioridade hierárquica ou da força, demonstrando que na verdade são apenas demagógicos com seus discursos de liderança e não passam de “chefes” que usam da autoridade para dar ordens.

A questão é que pouco disso funciona quando seu liderado é um bebê ou um pet que não entende nenhuma de suas palavras. É aí que você se vê diante de duas possibilidades: ou consegue educar por atitudes positivas ou, quem não dá conta, parte para ignorância e se rende à “cultura do medo”, dando palmadas à revelia.

Inversão de papeis: líderes submissos em casa

Quando adotei o casal de filhotes, comecei a assistir quase que diariamente o programa da TV americana do adestrador Cesar Milan, “o encantador de cães” (conhece?). Daí percebi que os tutores que o chamavam para resolver o problema de comportamento dos cães, tinham como elemento comum tratá-los como se fossem filhos. E observando as famílias que também tinham crianças, dava a impressão de que os cães eram tão ou mais mimados que os próprios filhos. Mas minha esposa também gostava de assistir programas como Super Nanny e fui me dando conta de que as formas de criação e correção de maus comportamentos se assemelhavam. Afinal, o errado era a forma como os pais não exerciam liderança sobre filhos e cães, e aí quando há uma lacuna na cadeia de comando, alguém tinha que assumir o posto máximo. Daí se vê cães e crianças “donos” da casa, pois faziam tudo o que queriam e os pais se tornavam reféns dos pequenos.

Pais reféns dos filhos

Outro problema muito comum que observava é que eles não eram tratados como deveriam. Os pais equivocadamente tratam os pets como crianças humanas e por outro lado tratam as crianças como mini-adultos. E para ambos os casos, essa “educação” equivocada deixam os pequenos confusos quanto ao modo de se comportarem, pois é anti-natural.

Crianças e pets devem ter o direito de ser o que são

Eu acredito que as crianças devem brincar, do jeito que bem entenderem, sem agendas lotadas de tarefas que os pais querem que eles façam. Tem que ser o que elas gostam. Se gosta de futebol, põe na escolinha, mas não tem que matricular na aula de piano às segundas, de teatro na quinta, e natação terças e sextas… Se não é o que a criança gosta de fazer, não deve ser imposto, só para ocupá-la. Deixe-a escolher o que gosta – desde que seja ético e seguro –, respeite e estimule. E afinal criança tem que brincar. Você é quem deveria arrumar uma hora na sua agenda para espalhar o lego no tapete e brincar com ela. Infância tem que ser divertida!

Do mesmo modo, acho desnecessário quem trata cachorro como criança, e leva na “escolinha” e no salão para tomar banho quase todos os dias. Daí o coitado não pode nem cavar uma terrinha para esconder um ossinho, pois vai se sujar.

Existem muitos casos de pais/tutores que “adultizam” as crianças e “humanizam” e até “infantilizam” os pets.

Criança como mini-adulta e pet infantilizado como criança

Deixando claro que o problema não é vestí-los assim (fica até fofinho dependendo do modelito), mas tratá-los como se quisesse que eles fossem diferentes do que são. E amar é respeitar a natureza de cada um. Já ouvi até gente reclamando que o cachorro late. Peraí, gente! Errado é ele miar, mugir… Latir é normal. Não pode é deixar ele latir demais a ponto de incomodar a vizinhança. Você, como líder, tem que saber ter voz ativa e conter os exageros. Eu por exemplo, decidi que não iria contratar alguém para adestrar os meus, e que a educação deles cabia a mim. Então, além de assistir ao programa do Cesar, comprei um livro de adestramento. Não segui à risca porque não tinha intensão que eles soubessem se fingir de “morto”, apenas que se comportassem educadamente. Acertei em tudo?! Lógico que não, não sou adestrador profissional, apenas um tutor de “primeira viagem”, mas pelo menos cumpri minha meta pessoal de que eles me obedecessem, e não por medo, mas por respeito. Com isso eles sabem sentar e aguardar a hora de comer o petisco que dou a eles, respeitam os limites da cozinha, e por aí vai. Exatamente o que me pretendi a ensinar. Tem quem goste de ensinar “truques” para o cachorro impressionar as visitas, mas eu não queria um mágico, só um pet educado.

E pais devem ser pais

No batizado do Gu, fizemos uma caneca para os padrinhos com o seguinte texto: “Padrinho / Só você pode abraçar como um pai / Guardar segredos como um irmão / Dar conselhos como um amigo / Permitir travessuras como um avô”. A mesma ideia para as madrinhas. Mas na verdade acreditamos que os pais podem, e devem, fazer isso também. Porém aos pais que cabe principalmente a obrigação de garantir a educação, a boa alimentação e a segurança, mesmo que tenha que momentaneamente delegar isso a outros, como parentes, cuidadores ou à escola. Mas não se esqueça que delegar não é “delargar”. Você orienta o que deve – e o que não deve – ser feito de forma clara, a responsabilidade de fazer dar certo será sempre dos pais.

Concorda? E como você faz para garantir tudo isso, sem perder a coerência e consistência? Comente abaixo. Quero saber!

Um grande abraço,

Pai Alfa.

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Pai Alfa
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