O que os filmes Divertida Mente nos ensinam sobre autoconhecimento?
Não precisa se enclausurar num monastério ou escalar até um templo budista no Himalaia… Quem tem filhos sabe que a maior jornada de autoconhecimento que um ser humano pode passar é ter que lidar todos os dias com uma mini versão de si mesmo. É cada perrengue que nem a gente mesmo se aguenta! Rsrs
Existem diversas emoções, gatilhos mentais e gaps de inteligência emocional que nos assolam e que nem fazíamos ideia até ter que lidar com a educação parental.
Mas na minha opinião existem duas formas de abordar o autoconhecimento: o lógico e racional [assunto para um outro post] e o emocional.
A saga Divertida Mente
Sem spoilers, acho que a grande sacada da Disney-Pixar com os filmes Inside out, no português Divertida Mente – e sua continuação, Divertida Mente 2 –, é trazer aos olhos do público (e definitivamente não só para crianças), o quanto todas as nossas ações exteriores podem ser definidas por nossas emoções intrínsecas.
Os filmes são fantásticos! Não é à toa que o primeiro ganhou Oscar e o segundo ultrapassou U$ 1 bilhão de bilheteria em menos de um mês da estreia.
A saga personifica as emoções (de forma brilhante e divertida) e o enredo nos ensina em diversos momentos que cada emoção tem sua função, e que nenhuma delas é ruim, desde que saibamos equilibrar e deixar cada uma vir à tona no momento certo.
Se for analisar a fundo e prestar bastante atenção, há ainda diversas lições sobre liderança, resiliência, inteligência emocional, e de saber lidar com a diversidade e com as adversidades. Mas vamos nos ater aqui neste post às emoções e autoconhecimento.
Jornada de autoconhecimento emocional
Na vida real não é diferente. Quando a gente traz a emoção correta e propósito para o meio exterior as pessoas tendem a valorizar mais nossa presença, ideias ou produtos, já percebeu? Não é à toa que o maior líder da história humana, capaz de arrastar multidões para ouví-lo, falava sobre o que não é tangível: “A boca fala do que está cheio o coração” – Jesus Cristo (em Mateus 12:34).
Por isso que hoje em dia a inteligência emocional é tão ou mais valorizada do que a inteligência racional (matemática, linguagem, etc). E desde cedo as novas gerações de pais passaram a estimular os filhos a entender e nomear seus sentimentos para aprender a lidar com eles de forma mais leve e efetiva.
Pois quando a gente racionaliza o que está sentindo é mais fácil se controlar e equilibrar, concorda?
Eu me lembro de uma noite, eu devia ter uns 10 anos de idade, que meus pais foram ao supermercado e eu fiquei em casa sozinho no quarto fazendo um trabalho de escola para o dia seguinte. Comecei a morrer de medo ao ouvir diversos barulhos estranhos pela casa. E a senhora que nos tinha vendido a casa há alguns anos era espírita e tinha falecido recente. Fiquei congelado!
Depois, comecei a prestar mais atenção nos barulhos e percebi que alguns deles eram meus cachorros andando no quintal e a vassoura era na verdade a vizinha que começou a cantar em certo momento. Ufa! Mas por via das dúvidas nunca mais deixei o trabalho de escola para última hora. Rsrs
E não pense também que se conseguiu uma vez, já tá tudo dominado. Isso tem que fazer parte de uma jornada até que a melhoria se torne uma cultura. Eu mesmo, enquanto tinha apenas o Gugu, achava que já tinha aprendido a lidar com as características e comportamentos dele, mas depois que o Edu nasceu, tomei um balde de água fria e percebi que precisava reaprender quase tudo de novo. E se você perceber que não está funcionando tentar sozinho, não se reprima ou desista, existem profissionais habilitados para te ouvir e te ajudar a se entender (e aos outros).
E você já assistiu Divertida Mente 1 e 2? O que acha desse tipo de tema para crianças?
Um grande abraço,
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