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10 indicadores da “gestão” dos seus filhos (parte 2)

Adaptar os indicadores básicos de RH para gestão de pessoas é uma ótima forma de analisar o clima do seu lar, mas não são os únicos índices do seu desempenho que podem ser medidos. Uma análise de indicadores mais complexos pode te ajudar a alcançar suas metas como pai/mãe.

Alguns desses indicadores são para analisar o quanto você está estimulando, protegendo e investindo no potencial do seu filho.

5. Retenção de talento

Não me refiro aqui a qual idade seu filho vai fazer a trouxa de roupas e resolver fugir para a casa da vovó. Quem nunca?! Kkkkkk

Na verdade, podemos adaptar ao quanto você estimula a melhoria contínua do aprendizado. Um parêntese importante a fazer é que obviamente é normal rolar uma “regressãozinha” quando seu filho ganha um novo irmãozinho, por exemplo. Voltar a chupar bico, desandar no desfralde, etc. Mas vale avaliar o quanto você consegue manter as conquistas e traçar estratégias prévias para minimizar tudo isso.

Por aqui o Luiz Gustavo é filho único, e aos 2 anos ele já nos trouxe muitos interesses de aprendizado que a gente só direcionou para aprender “certo” desde o início e assim estimulá-lo. E assim ele já reconhece e nomeia diversos animais (inclusive imita sons), emoções (por expressões faciais), formas geométricas, os números (identifica quais são e conta até 20), todas as vogais e várias outras letras do alfabeto (às vezes pula uma ou duas letras ). Mas cores, por exemplo, é um trabalho em progresso. E a não ser que ele traga uma nova demanda, nossa intenção agora é apenas ensinar – o que ele já sabe bem, mas em – outros idiomas.

Vídeo do Gugu falando o alfabeto (quase) completo aos 2 anos de idade

6. Produtividade

Não precisa colocar um “ponto” para medir a carga horária do seu filho, mas é importante ter indicadores e equilibrar o tempo que ele passa em atividades de desenvolvimento. Podemos, inclusive, dividir em vertentes:

– quanto tempo ele/ela passa em atividades programadas (como escola e outras atividades desportivas e artísticas) e até nas que devem ser controladas (como TV, tablet e jogos eletrônicos),mas principalmente,

– quanto tempo ele/ela tem livre para se divertir com brincadeiras ou leitura, sozinho (ou acompanhado), sem compromisso ou obrigação com nada?

Os pais devem ainda ter o compromisso com sua própria produtividade para que consigam, ao final do próprio expediente, estarem de fato presentes em casa (sem tarefas ou celulares), se divertindo com os filhos antes de colocá-los para dormir.

7. Desempenho de aprendizagem

Não precisa aplicar provas para seus filhos, basta avaliar o quanto eles estão evoluindo. Mas não é para ser um simples “Nossa! Agora já consegue (fazer isso ou aquilo)”. É para ser algo estimulado e acompanhado, porém, obviamente não forçado. A primeira regra é: cada um tem seu tempo!

No entanto, existem indicadores dos profissionais de saúde que valem ser observados. A madrinha do Gugu, por exemplo, é fisioterapeuta e nos sugeriu fazer um acompanhamento neuromotor dele quando ele tinha uns 5-6 meses. E era algo bem parecido com esta escala:

Marcos de desenvolvimento neuromotor_Escala motora infantil

A cada “mesversário”, à medida que ele era capaz de executar determinados movimentos, atribuía-se uma pontuação. A soma da pontuação plotada em um gráfico indicava se ele estava acima ou abaixo da média de desempenho para a idade. Ele estava sim com um leve atraso no início. Meu projeto foi dedicar um tempo todo dia a seguir as orientações e estimular o desenvolvimento dele. Missão cumprida! Conseguimos chegar ao final do período de avaliação com um índice super positivo.

Vale observar também que existem esses indicadores de marcos de desenvolvimento para diferentes idades na infância, e já vi até sobre acompanhamento da fala. Mas lembre-se da 1ª regra: cada criança tem seu tempo! Não entre numa neura! Apenas observe o seu bebê. E se suspeitar de algum atraso, procure um profissional da área.

8. Retorno sobre investimento de treinamento

Quando você matrícula seu filho em uma atividade esportiva ou artística, ou sei lá, você espera que aquilo traga um retorno: um benefício no desenvolvimento. Se não está funcionando, e se percebe que ele não está evoluindo, pode ser que ele esteja no lugar errado. Pode ser que não tenha se adaptado ao professor ou à turma, ou porque simplesmente não é uma atividade que ele realmente goste de fazer. Não force! Mude! Deixe-o escolher o que ele achar mais divertido. Afinal de contas são crianças, né?

9. Receita per capita

Falando em investimento, um fator interessante a se analisar é o quanto você está gastando com cada filho, se não está favorecendo um em detrimento ao outro (tem que ser justo). Mas cuidado! Igual só se forem gêmeos “idênticos”, senão tem que ser proporcional à idade, necessidades de saúde, etc.

Mas mesmo que você tenha apenas um como eu, é importante avaliar se está gastando muito dinheiro com supérfluos, que poderiam ser evitados ou que não contribuem para o desenvolvimento. Já vi pais que gastam mais com brinquedos do que com alimentação. Será que brinquedo é nutritivo e tem vitaminas e eu não sabia? Rsrsrs. Falando sério: criança precisa de muitas brincadeiras, mas isso não significa mais brinquedos! Mesmo tendo uma rotina de ausências por conta do trabalho, meu lema sempre é: “menos presentes e mais presença”!

Ausência sempre deve ser compensada com presença e não presentes

10. (Quase) Acidentes

Por último, mas não menos importante. Pelo contrário! Talvez seja o mais importante de todos. Afinal, saúde e segurança são as principais preocupações de qualquer pai ou mãe, né?! Quem aguenta ver um filho doente ou machucado?

Mas não precisa implantar uma CIPA em casa, hein? E nem para sair por aí envolvendo tudo na casa, inclusive seu filho num monte de plástico bolha. É apenas para analisar e tomar ações para minimizar os riscos. Um fator muito importante para prevenir isso é a análise de riscos e “quase acidentes”. Sabe aquela derrapada que seu filho deu, mas não caiu? Veja se o problema era uma água de planta no chão ou se é o solado do chinelo que não tem mais aderência. Essa observação é uma excelente oportunidade de você tomar alguma atitude para evitar antes que algo pior aconteça.

E você, gostou da comparação? Eu adoro pensar desse jeito, pois realmente acho tudo interligado. Você já avaliava com mais atenção algum desses índices, mesmo que de forma mais simples? Me conta! Até para eu saber que não estou sozinho nessa! Rsrsrs.

Um grande abraço,

Pai Alfa.

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Pai Alfa
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