Reaprender a dizer não
Com o Eduardo começando a falar e a se entender como indivíduo, tive a oportunidade de observar novamente que uma das primeiras palavras que aprendemos a falar é “NÃO”. Mas ao longo da vida às vezes abrimos mão dessa nossa singularidade, uns mais do que outros, e passamos a dizer “Sim” contra nossa vontade.
Mas eu aprendi há algum tempo que na vida temos livre arbítrio para fazer escolhas. Porém, cada escolha tem uma consequência e nós somos escravos desses resultados.
Você pode comer quanto chocolate quiser, mas provavelmente irá engordar ou pode se drogar se quiser, mas vai acabar se viciando. A escolha é sua, mas ela sempre vem com um ônus.
Se você não cuidar de você, quem vai?
Então toda vez que se diz “Sim” para algo ou alguém, você diz um “Não” para outra coisa ou para você mesmo. Por exemplo, se você diz um “sim” para alguém que te pediu dinheiro emprestado, você pode estar dizendo um “não” para aquela viagem em família, entende?
E quem nunca assistiu àquele filme hilário com Jim Carrey em que ele passou a dizer “sim” pra tudo? Vale a pena ver de novo!
Não podemos ser egoístas e pensar só em nós, mas também não é certo abrir mão de tudo pelos outros. A vida é igual ao aviso antes da decolagem. Primeiro precisamos colocar a máscara em nós para depois auxiliar os outros, pois sem oxigênio para respirar, ambos vão morrer. Se você não tiver saúde, segurança, dinheiro, como pode achar que vai conseguir ajudar alguém. Você só é capaz de dar o que tem.
O presente do “não”
Dizer “não” aos filhos pode ser um dos maiores presentes que podemos dar a eles: limites!
Pais que sempre dizem “sim”, que são permissivos demais acabam escravos das consequências desses atos depois. São os futuros adolescentes que não sabem lidar com as frustrações e acabam não conseguindo se manter na escola e por vezes se rendendo aos vícios.
Minha esposa era mestre em dizer “sim” para pra todo mundo sem pensar, e quando via, tinha vários compromissos sobrepondo horários no mesmo dia e ficava sem tempo pra gente às vezes. Ainda bem que ela aprendeu que dizer “não” pode ser um grande “sim” para si mesma e para aqueles que se ama.
Não exagere no não
Por outro lado, não é para dizer “não” pra tudo, ou nada de novo vai acontecer em sua vida. “Vamos a uma festa?” “Vamos ver que lugar é esse?”, “Vamos experimentar esse prato?”… Não, não, não… e de repente viver não faz mais sentido nenhum. Você só existe!
Tudo é uma questão de equilíbrio. A diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Diga tanto “sim” quanto “não”, mas escolha bem quando usar cada um.
E você, é do tipo que diz mais “sim” ou “não”? E qual foi a situação mais estranha que já passou por ter dito um “sim” ou “não” sem pensar bem?
Um grande abraço,
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